Envelhecemos desde o dia em que nascemos, mas envelhecer não significa somente fazer aniversários. Em termos médicos, trata-se de um processo muito mais complexo, que traduz perda óssea, perda de gordura nos compartimentos anatômicos faciais, piora da qualidade da pele às custas da diminuição da produção de colágeno, hipotrofia muscular e diminuição da imunidade da pele. Parece um processo infinito e dramático, mas hoje a medicina já consegue oferecer tratamentos para cada um desses pontos.

“O remodelamento facial é como um projeto arquitetônico onde, se atua de forma coordenada em cada um dos pilares citados para obter o resultado mais completo e harmônico possível” nos explica a médica Cinthia Sarkis, diretora da clínica de Alergia e Dermatologia que leva seu nome, no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Cada pessoa necessita seu protocolo, baseado em critérios médicos. É importante ressaltar que nem todo tratamento serve para todos os pacientes. Via de regra começamos a abordagem pelo reforço da estrutura óssea por meio do uso de acido hialurônico, algumas vezes associado à hidroxiapatita cálcica. Em seguida, nos compartimentos anatômicos onde a gordura foi absorvida repomos, também com essas substâncias, exatamente a quantidade de volume perdida, garantindo um aspecto muito natural. Nesse momento se trabalha a qualidade da pele, onde os laseres nos abrem um leque de possibilidades para estimular a produção de colágeno endógeno, conferindo melhor textura e elasticidade além de diminuir vasinhos e manchas. Apesar da complexidade do processo, não existe “downtime”: o paciente sai do consultório e pode perfeitamente retomar suas atividades.

Em relação a imunidade cutânea, é importante saber que com o passar dos anos a pele responde mais lentamente às agressões externas, aumentando a propensão ao desenvolvimento de sensibilidades e alergias. Sendo assim, se deve prestar especial atenção à frequência dos tratamentos em consultório e ao número de cosméticos utilizados em casa – aqui vale o “menos é mais”.

Estar bela em todas as idades é possível, sem dúvida alguma. O objetivo é frescor, pele bem cuidada, aspecto descansado e esses fatores nada tem a ver com rosto esticado, sem rugas e sem expressão.  

“Sugiro às minhas pacientes para usarem como parâmetro a foto tirada no Natal. A cada ano, elas têm que se achar mais bonitas que no passado, mas não necessariamente mais jovens”, finaliza Cinthia.