Dermatite atópica

Quando suspeitar

Criança, em geral filha de pais alérgicos, apresentando irritabilidade, pele seca e prurido (coceira). De 2 meses a 2 anos costuma se manifestar como lesões vermelhas com casquinhas em face (maçãs do rosto), couro cabeludo e pescoço. De 2 a 12 anos aparecem lesões secas nas dobras dos cotovelos e joelhos e a partir de 12 anos lesões predominando nas flexuras.

Porque tratar

A dermatite atópica faz parte de um processo denominado marcha atópica. Essa criança com tendência a alergia vai manifestá-la de distintas formas ao longo de sua vida seja na pele, no sistema respiratório ou digestivo. Esse estado atópico deve ser controlado o quanto antes para melhor qualidade de vida, inclusive, melhor sono. Esses ganhos se refletem no crescimento  da criança e seu desenvolvimento escolar. A dermatite atópica grave é uma doença que deixa sequelas e estigmatiza a criança.

Nossa conduta

1. Diagnóstico: clínico. Em alguns casos se faz necessário solicitar testes de alérgenos.
2. Tratamento: a principal meta é o controle do prurido (coceira) que se consegue com o uso de anti-histamínicos e medidas de hidratação da pele. Em casos mais graves é preciso lançar mão do uso de corticóides tópicos e outros imunomoduladores tópicos. É rara a necessidade de terapia imunossupressora sistêmica.
3. Prevenção: usar tecidos não sintéticos, evitar perfumes, lavar a roupa com sabão de coco, enxaguar várias vezes, não usar amaciante. Banhos não muito quentes. Não usar bucha. Evitar esfregar a pele com toalha. Evitar perfume. Hidratar a pele nos cinco primeiros minutos após o banho, ainda levemente úmida. Evitar stress.